quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Vingança - O Musical

Volta a São Paulo o musical que ano passado foi sucesso de público e critica, e que fazia os poucos ingressos serem disputadíssimos. Na temporada de 2013, tive a sorte de conseguir ingresso para o último dia de apresentação, o que na época me deixou triste em saber que não teria oportunidade de ver pelo menos uma vez, já que foi uma das coisas mais belas que tinha visto em um teatro.

O musical baseado nos sambas-canção de Lupicínio Rodrigues que foi idealizado por Anna Toledo, trás à tona a melancolia boêmia da obra do compositor em um ar dos anos 50 no sul do Brasil. Anna Toledo que também é uma das atrizes da peça, conseguiu com genialidade criar um enredo envolvente e simples, e a simplicidade é tão engenhosa que surpreende. A peça conta a história de três triangulos amorosos, suas traições, segredos, cobiças e o que o título do musical trás, vingança!


Não há pontos baixos na peça, talvez a única coisa “ruim” é que envolve tanto o espectador que parece terminar muito rapidamente. Tudo é impecavel, desde o cenário simples e eficaz até a direção de André Dias. Há tanto talento jorrando por todos cantos do palco que torna-se dificil apontar destaques. Entretanto, um dos motivos que me fez ficar apaixonado pelo Vingança foi a atuação e a personagem de Andrea Marquee que trás a parte cômica da peça. Vale a pena lembrar que nessa nova temporada, dois atores foram substituidos. Leandro Luna e Amanda Acosta entraram no lugar de Luciando Andreys e Ana Carolina Machado, o que não deixam devendo em nada os seus antecessores.

Uma das coisas que mais gosto em ver no Vingança é que coloca em prova que nem sempre uma super produção é um bom musical. Tudo é simples no Vingança, mas mesmo assim é um dos musicais mais belos já produzido no Brasil e sem dúvidas um dos meus favoritos.
Quem perdeu ano passado não pode perder dessa vez, a temporada é curta e o teatro é pequeno, então corram! A temporada é do dia 12/02 a 18/04, de Quarta a Sexta as 20:00hs no CCBB de São Paulo. Entrada no valor de R$10,00 a inteira, e R$5,00 reais para estudantes e correntistas do Banco do Brasil. 




sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

20 curiosidades sobre Londres



  1. Londres foi fundada pelos Romanos em AD 46 e se chamava Londinium.  
  1. Entre os anos 200 e 220, foi construída a London Wall, uma muralha que protegia Londinium de invasores. Pouco da London Wall existe nos dias de hoje. 
  1. Existem regiões de Londres com os nomes de Newgate, Ludgate, Cripplegate, Bishopsgate, Aldersgate, Aldgate e Moorgate devido à localização de cada um dos sete portões da London Wall. 
  1. No final do século V, a Londres romana entrou em declínio e ficou abandonada por mais de 400 anos. 
  1. Em 1666, houve o “Great Fire”, que fez Londres arder em chamas por 4 dias, destruindo mais de 13.200 casas e 87 igrejas. O fogo começou em uma padaria, em Pudding Lane, por um descuido do dono. Apesar da grande destruição, apenas 10 pessoas morreram. 
  1. O famoso “Underground” ou “Tube” é o primeiro metrô do mundo. Abriu ao público em 1863 e ia da estação Paddington a Farringdon Street. 
  1. Também foi a primeira cidade a ter um túnel construído por baixo de um rio. O “Thames Tunnel” foi construído entre 1825 e 1843 e ligava Rotherhithe e Wapping, por baixo do Rio Tâmisa. 
  1. Entre 1664 e 1666, a “Grande Praga de Londres” matou 20% da população. 
  1. No verão de 1858, a poluição do Rio Tâmisa chegou ao seu limite após 7 anos do rio ser usado para escoar todo o esgoto. Este verão foi chamado de “Great Stink” (Grande Fedor) e o cheiro forte podia ser sentido por toda cidade. 
  1. Em uma ruazinha escondida, chamada Cloth Fair, próximo à estação de Barbican, há duas casas que foram construídas em 1597 e 1614 e que resistiram ao Grande Incêndio de 1666. 
  1. O Big Ben não é o nome do relógio e muito menos da torre símbolo da cidade, mas sim o nome do sino que pesa 13 toneladas. 
  1. A torre do Parlamento foi recentemente batizada de Elizabeth Tower. 
Aldwych Station sendo usada como abrigo durante
a 2ª Guerra Mundial
  1. Durante a Segunda Guerra Mundial, as estações do metrô serviram de abrigo a milhares de pessoas e, também, de proteção para várias peças do Museu Britânico. 
  1. Em 1928, houve uma enchente no Rio Tâmisa após uma tempestade na costa leste da Inglaterra. Uma onda se formou no oceano adentrando através do rio. Para evitar uma nova tragédia, nos anos 70, uma barreira controladora de marés, chamada “Thames Barrier”, foi construída na região de Silvertown. 
  1. O teatro “The Rose”, construído em 1587, um dos mais importantes da era de Shakespeare, ainda mantém suas fundações intactas e preservadas. 
  1. Entre as estações de metrô Holborn e Tottenham Court Road, na Central Line, havia a estação “British Museum”, que foi fechada em 1933. Ao passar entre as duas estações, é possível ver os azulejos brancos da estação no meio da escuridão. 
  1. Croydon Airport, situado no sul de Londres, foi o primeiro aeroporto do mundo. Construído em 1920, havia sala de embarque e até mesmo hotel. Foi usado pela primeira vez 3 anos depois, em um voo entre Londres e Berlim. 
  1. Uma “linha de metrô”, com 8 estações, nunca usada pelo público e praticamente desconhecida funcionou quase que diariamente entre 1927 e 2003. Trata-se da “London Post Office Railway”, que levava encomendas da Royal Mail, de Paddington a Whitechapel. 
  1. A cidade possui mais de 850 galerias de arte, 170 museus, 720 salas de cinema, 800 livrarias e por volta de 380 bibliotecas públicas. 
  1. Dentro da cidade existe mais de 30 tipos diferentes de sotaques da língua inglesa e mais de 250 idiomas estrangeiros são falados em Londres, fazendo da cidade a maior diversidade linguística do mundo. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A noite na Off-Broadway paulistana


Godspell, o famoso musical da Broadway de Stephen Schwartz (o mesmo de Wicked) que abriu pela terceira vez no Brasil, mostra passagens do Evangelho segundo Mateus com mensagens filosóficas de amor para os dias de hoje. O musical está sendo apresentado no minúsculo Teatro Commune com preços bem satisfatórios.

Ao assistir Godspell, tive a sensação de estar indo a assistir uma produção teatral obscura em algum teatro da Off-Off-Broadway. Ao entrar na sala de espetáculo o sentimento é maior ainda, os atores já estão todos no palco e dentro de seus personagens interagindo entre eles até todos tomarem os pouquíssimos lugares do teatro. Falando assim soa negativo, mas não vem ao caso dessa montagem. Acertaram na mosca ao escolherem o Teatro Commune para reviver a bela obra. O musical está na minha lista de 10 favoritos de todos os tempos e sempre achei que para ser bom teria que ser em um teatro pequeno e uma produção de baixo custo. Estava certo, a experiência de ver o musical dessa forma foi uma experiência única.

A produção da talentosa Janaína Lince, que também é atriz na peça, está totalmente despreocupada em ser uma mega produção. Não há efeitos especiais. A iluminação, cenário e figurinos são simples lembrando uma produção escolar. Por outro lado, todos esbanjam profissionalidade que falta em algumas grandes produções. A escolha do elenco foi feita com cuidado, reúne nomes desconhecidos com outros já vistos em produções paulistanas. Os atores dão um brilho especial a cada cena musical e a cada esquete apresentadas, as vozes surpreendem juntamente com a interpretação e o timing cômico. As músicas que são os pontos altos de Godspell se exaltam mesmo com apenas quatro músicos no palco, a beleza da obra original transparece com toda a força em cada canto do teatro. A nova tradução também está lindíssima e não deixou a desejar em nenhuma parte. O texto atualizado com várias referências atuais, brasileiras e paulistanas deram a peça o toque de comédia necessário e que me fez rir em partes inesperadas. Resumindo: satisfação total e vontade de poder assistir todas às vezes.

Talvez a única pequena falha que achei foi com minha cena favorita e o ápice do musical, a cena da crucificação de Cristo. Não consegui entender o que o diretor quis passar com a encenação da maioria dos atores, sendo melhor ter deixado a tradicional encenação, talvez uma melhor iluminação do momento já tivesse deixado a cena muito mais bonita. 


Video do site Cena Musical

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Café Du Coin – Pedacinho da Europa em Cascavel


Choco Chip e Macarons
Para quem gosta daquele ar aconchegante e diferente de cafés europeus ou daqueles modernos das grandes cidades, o Café Du Coin consegue proporcionar tudo isso para os visitantes. O “Café da Esquina” chegou a Cascavel com algo inovador para cidade que muitos outros cafés tentaram fazer, mas nunca conseguiram. Começando pelo atendimento que se assemelha a famosa Starbucks, com vários cafés e frapês para escolher que deixa qualquer um indeciso na hora de escolher. Todas as vezes que faço uma visita eu tento variar, mas acabo pedindo sempre o meu favorito que é o frapê Chocolate Chip. Tanto os salgados como os doces são servidos numa porção bem generosa e o melhor de tudo, a qualidade dos produtos não condiz com o preço baixo cobrado. Outras famosas cafeterias da cidade cobram muito mais caro por pouca coisa e baixa qualidade nos salgados de doces. Logo após o pedido os clientes podem optar pelas mesinhas na rua ou no andar de baixo, mas o diferencial do local é o andar de cima. Há poltronas e cadeiras confortáveis, uma mesa alta, outras mesas com uma vista bonita da rua, uma mesa grande que nos obriga às vezes a dividir com desconhecidos, o que não é nada ruim. A decoração é encantadora, há um mural de fotos belíssimas, quadros que combinam com o ambiente, uma iluminação intimista e som ambiente agradável. 

O confortável e disputado segundo andar
O único ponto ruim do café é por ele ser vítima do seu próprio sucesso, no final de tarde fica quase impossível de achar algum lugar para sentar, e o atendimento por sua vez fica lento, mas não deixa de ser bom e eficiente.
A boa é passar para um cafezinho e sobremesa logo após do almoço ou um café da manhã logo cedo, o café nesses horários costumam estar com pouquíssimas pessoas, assim é melhor para aproveitar o ambiente. Além de todas as comodidades citadas, eles ainda disponibilizam internet wi-fi gratuita e também possuem embalagens para viagem.

Ambiente: 5
Atendimento: 4,5
Bebidas: 5
Salgados: 5
Doces: 4
Preço: 5
Média: 4,75

1:Péssimo  2: Fraco  3: Bom  4: Ótimo  5: Extraordinário






Café Du Coin
Rua Visc. de Guarapuava, 2158
Centro, Cascavel - PR, 85801-160
(45) 3037-5106
http://www.cafeducoin.com.br/



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Café Coliseo


Um dos lugares que mais gosto de frequentar tanto na minha cidade ou quando eu viajo são as cafeterias. Não sou um especialista de café, mas o momento de entrar no local, sentir aquele aroma único, sentar num lugar agradável e tomar um espresso bem feito, parece deixar o dia muito melhor! Portanto, irei utilizar do espaço do meu blog para fazer avaliações de cafeterias que costumo frequentar ou pelos que já passei.

Vamos começar pelo Café Coliseo que recentemente foi inaugurado em Cascavel e que trouxe uma proposta boa misturando conforto, café e internet. O Coliseu abriu em um excelente ponto da cidade que não disponibilizava de nenhuma cafeteria, facilitando a vida dos visitantes do Hospital Policlínica e das clínicas dos arredores, também para mim que é apenas meia quadra do local de trabalho.

Ponto negativo: o acúmulo de coisas nas mesas.
O ambiente é grande, com ar condicionado e possui um mezanino com computadores e espaço para eventos pequenos, ainda o café oferece leitura, há uma linda estante com ótimos best-sellers. Há mesas baixas e altas que dão uma aparência a mais de cafeteria, porém pecam na disposição das mesmas e ainda utilizam umas toalhinhas e arranjos de mesa que só dão uma aparência de antiquado. Até mesmo os portas-sachê que já estão em todas as mesas só intensificam mais a poluição visual das mesas. Seria mais agradável que trouxessem os sachês de molhos, açúcar e adoçante juntamente com o pedido.

Os funcionários do Coliseo são todos muito bem receptivos, atenciosos e rápidos. A única falha que percebi algumas vezes é que eles deixam acumular pratos, copos e xícaras usadas na mesa do cliente, só retirando tudo assim que o cliente sair da mesa.

Soda Italiana de maça verde
O espresso é altamente satisfatório, superando até outras cafeterias tradicionais da cidade. Sempre está na temperatura ideal e o aroma e o gosto forte são excelentes. O cappuccino gelado deixou a desejar bastante, não tem uma cremosidade boa e também não tem gosto de cappuccino, quem sabe da próxima vez eu peça com chantilly. Para dias quentes uma ótima pedida são as sodas italianas que parecem fazer bastante sucesso por ali. Todos os salgados são bem feitos, saborosos e com uma boa variedade.  O enroladinho de calabresa é saboroso e a massa bem leve. A única parte ruim é que sempre me esqueço de pedir para eles não aquecerem, pois eles tem o mesmo costume de outros lugares de superaquecer o salgado, quando sai do microondas parece que está cozido. As tortas doces deixam um pouco a desejar, algumas são um pouco secas, mas as fatias são generosas e não são caras. Se tiverem oportunidade experimentem a torta de negresco, é deliciosa e vale muito a pena!

Com certeza o local ainda tem alguns ajustes para serem feitos, mas ainda consegue oferecer o que outros famosos da cidade não oferecem. Um cafezinho no final da tarde com amigos ou até mesmo uma pausa para descanso no Coliseo é sempre uma boa opção.

Salgado de calabresa
Ambiente: 3,5
Atendimento: 4
Bebidas: 3,5
Salgados: 4
Doces: 2
Preço: 4
Média: 3,5

1:Péssimo  2: Fraco  3: Bom  4: Ótimo  5: Extraordinário

Café Coliseo
R Maranhão, 924 - Centro 
Cascavel, PR  CEP: 85801-050 
(45) 3039-5485

Cappuccino gelado
Alguns dos vários livros disponível para leitura.


terça-feira, 31 de julho de 2012

Fame!


Minha viagem de férias em São Paulo era para ter começado já de cara com o musical FAME no Teatro Frei Caneca, mas o carro resolveu ferver em plena Av. Paulista e perdemos os ingressos que já estavam comprados. Porém, a vontade de assistir era tão grande que acabei comprando novos ingressos para assistir no dia 29/07, exatamente no dia da última apresentação.

Mesmo apesar de vários pontos negativos a experiência no geral foi satisfatória, as danças e músicas me contagiaram e saí do teatro mais empolgado do que em muitos outros musicais. Um desses pontos negativos talvez seja o musical original em si e não a produção brasileira. Mesmo no original ainda falta algo para ser um excelente musical, mas um grande padrão isso ele tem. Parece que muitas coisas foram descaradamente copiadas de outros musicais, como a cena de abertura que lembra muito a abertura de A Chorus Line. Na versão brasileira há alguns contrastes enormes, coisas péssimas misturadas com outras grandiosas que poderiam ter sido evitadas se o elenco tivesse sido melhor escalado. Enquanto as atrizes dão um show à parte no palco, a atuação do elenco masculino vai de ridículo a mediano, salvo o ator Rafael Machado que representa o Tyrone e fez sua parte de forma belíssima. A impressão que eu tive é que todos os atores estavam extremamente caricatos, até mesmo os atores que faziam os professores não estavam bem e não convenciam. A atuação do Klebber Toledo não é de todo mal, não sei se foi sempre assim ou se era o nervosismo da última apresentação, mas ele desafinou na maioria das vezes provocando algumas reações negativas da plateia. Quem sabe os produtores deveriam ter pensado melhor na qualidade vocal e não num rosto conhecido para atrair o público.

A parte feminina merece os melhores elogios e se eu pudesse dava um prêmio para cada uma delas. Corina Sabbas que salvou o musical entrando no lugar na tão criticada Paloma Bernardi parece que nasceu para fazer tudo bem feito, deu ao papel de Carmen Diaz o que realmente precisava. Giulia Nadruz como Serena Katz esbanjou doçura e encanto e me fez arrepiar em suas músicas. Vânia Canto me fez rir com a obsessão por comida e delirar pelo belo espetáculo que deu em “Prece da Mabel”. Laura Carolinah e Vivi Mori como as professoras, eu descreveria apenas como “Oh My God!”, fiquei sem fôlego com a energia eletrizante que elas passaram na música “Argumento das Professoras”. Fiquei imaginando o quanto elas seriam ótimas no musical Chess no papel de Florence e Svetlana cantando “I Know Him So Well”. Marimoon estava fofíssima e tocando bateria muito bem para quem nunca tinha tocado antes!

Embora eu esteja mais negativando o musical do que falando bem, num geral eu gostei MUITO e até entristece saber que acabou tão precocemente e não terei chance de ver mais uma vez. Era um musical que merecia ficar tranquilamente em cartaz pelo menos um ano. Depois de assistir, fica fácil entender porque Fame já foi montado em inúmeros países e lugares como Londres ficou mais de 10 anos em cartaz. É uma experiência muito melhor do que grandiosos musicais que foram montados no Brasil.
Fame me proporcionou vários momentos únicos e inesquecíveis como a cena do “Argumento das Professoras” como havia citado antes, Giulia Nadruz surpreendendo com “Pense Como a Meryl Streep” e outras duas cenas que me levaram as lágrimas, Laura Carolinah cantando “Minhas Crianças” e o encore da música título com Corina surgindo em cima do taxi amarelo.

Creio que fui um tanto duro com meu ponto de vista, mas é só a opinião de alguém que aprecia musicais e que apesar de tudo, daria tudo para ver mais uma vez.



Vídeo da última apresentação de FAME, tirado do site Cena Musical.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Meu Top 15 de musicais


Por quase um mês fiquei pensando quais seriam meus 15 musicais favoritos e ainda ter o difícil trabalho de pensar na ordem correta para essa listagem. Infelizmente outros musicais que eu amo e tenho como favoritos não entraram na lista como Promises Promises, Gypsy, Taboo, South Pacific, Carousel, You’re a Good Man Charlie Brown, Anything Goes e Hairspray. Não foi fácil deixar esses para trás.

Eis o meu Top 15:


15º: Sweeney Todd 

Stephen Sondheim estava em sua melhor época criativa, elevando seu trabalho a uma obra de arte única onde ele mistura o horror com humor negro. Na Broadway, tivemos sorte de ter atores maravilhosos no papel de Sweeney e Mrs. Lovett como George Hearn e Angela Lansbury. Não desmerecendo Michael Cerveris e Patti LuPone que fizeram o revival em 2005. Pontos extras pela música Pretty Women que sempre emociona!

Músicas favoritas: Pretty Women, The Worst Pies in London, Johanna


14º: The Sound of Music 

The hills are alive...! O famoso musical do Rodgers & Hammerstein que levou muitos a gostarem de musicais, assim como eu. Facilmente a gente embarca na história e se encanta por Do-Re-Mi e My Favourite Things, ainda mais quando nós tivemos a melhor Maria possível no cinema: Julie Andrews. Não esquecendo que Mary Martin fez um ótimo trabalho como a primeira Maria no palco e recentemente Connie Fisher em Londres.

Músicas favoritas: Climb Ev’ry Montain, Do-Re-Mi, My Favorite Things, I Have Confidence


13º: Oklahoma!

Segundo e último musical do Rodgers & Hammerstein no meu Top 15. O musical que quebrou recordes e padrões na Broadway é absolutamente incrível, mesmo com sua história simples e modesta sobre a vida no campo. Já na abertura com Oh, What A Beautiful Morning o musical já mostra potencia que é levado até os momentos finais. A cena de Out of My Dreams seguido do ballet já vale o musical inteiro, sempre de tirar o fôlego.

Músicas favoritas: Out of My Dreams, Oklahoma!, Surrey With The Fringe On Top, People Will Say We're In Love


12º: Annie

Tomorrow! Tomorrow! A famosa história da menina órfã que tem o sonho de encontrar seus pais e que me faz chorar da abertura com Maybe até o final. Felizmente os fãs de Annie foram presenteados com dois filmes, um não tão bom de 1982 e uma versão para TV de 1999 que é fantástica. Nesses dois filmes o elenco sempre foi de peso, Carol Burnett, Tim Curry, Bernardette Peters e Albert Finney na versão de 1982, e Victor Garber, Kathy Bates, Alan Cumming, Audra McDonald, Kristin Chenoweth e Sarah Hyland na versão de 1999. Não esquecendo do grande sucesso que foi Andrea McArdle como a primeira Annie da Broadway e que até nos dias de hoje ainda faz sucesso.

Músicas favoritas: NYC, It's The Hard-Knock Life, Tomorrow, You're Never Fully Dressed Without a Smile


11º: Sunday in the Park with George 

Arte sobre arte. Sondheim deu vida ao famoso quadro A Sunday Afternoon on the Island of La Grande Jatte do Georges Seurat criando uma ligação pessoal entre o público e os personagens do quadro. Mesmo o segundo ato se tornar estranho e se perder um pouco, o fechamento é emocionante com a reprise de Sunday. Não preciso me prolongar ao falar de Sondheim.

Músicas favoritas: Sunday, Putting it Together, Move On, We Do Not Belong Together.


10º: Spring Awakening 

Um dos musicais mais poéticos que poderia existir. Fui conhecer apenas quando foi anunciada a versão brasileira e instantaneamente se tornou a única coisa que eu escutava, até ajudou a superar alguns meses complicados que eu passei. As músicas de Blue Wind e Purple Summer são tão perfeitamente escritas que elas criaram um filme na minha cabeça que sempre revejo quando eu as escuto. Duncan Sheik e Steven Sater fizeram um trabalho maravilhoso que vai durar ainda por muito tempo. Infelizmente a versão brasileira não conseguiu manter a poética das músicas originais por mais impecável que a produção estava.


Músicas favoritas: Totally Fucked, Don’t Do Sadness/ Blue Wind, The Song of Purple Summer


9º: Godspell 

O belíssimo musical de Stephen Schwartz baseado no Evangelho segundo Mateus! O primeiro contato que tive com o musical foi com a trilha sonora do filme. Na época, joguei a trilha no meu MP3 player e minhas idas para faculdade tornaram-se mais agradáveis. Depois que as músicas facilmente caíram no meu gosto fui procurar pelo filme. Foi uma tarefa difícil já que no Brasil o DVD tinha saído de catálogo. Sem esperanças de encontrar por aqui, acabei importando pelo Amazon. Assisti assim que o DVD chegou em casa e algo especial aconteceu pela primeira vez: quando terminou o filme coloquei o filme no começo para ver a cena de abertura e quando menos percebo tinha assistido o filme todo novamente. Mesmo não me considerando uma pessoa religiosa, as músicas e a história são lindas e emocionantes.

Músicas favoritas: Day By Day, By My Side, Light of the World, On the Willows, Finale


8º: Hair

Até ano passado esse musical estaria longe do meu Top 15, talvez nem eu fazendo um Top 30 não entraria. Foi a versão do Möeller & Botelho que fez a mágica. Poucos musicais fazem cena por cena ficarem tatuadas na mente e ter um efeito tão devastador como esse. Realmente é sair de alma lavada do teatro. Outros pontos extras vão para o mantra Hare Krishna e para o segundo ato que em minha opinião é o ponto alto da peça. Infelizmente o filme não faz jus a peça, mas mesmo assim com o filme conseguimos ter um gostinho do que é presenciar tudo ao vivo.

Músicas favoritas: Be-In (Hare Krishna), Three-Five-Zero-Zero, Let the Sunshine In, Ain't Got No


7º: My Fair Lady

Dois motivos para amar o musical: filme com Audrey Hepburn e musical original com Julie Andrews, além disso Rex Harrison nas duas versões, alguém que até hoje nunca foi superado como Prof. Higgins. As músicas marcantes e a personagem da Eliza Dolittle conduzem o público nessa história de amor sem abraços, beijos e demonstração de afeto, e mesmo que esteja um pouco datado, o enredo não perde sua magia e graça.

Músicas favoritas: Overture, I Could Have Danced All Night, On The Street Where You Live, Ascot Gavotte, Wouldn't It Be So Lovely.



6ª: On a Clear Day You Can See Forever

Em 2008, escutei pela primeira vez “On a Clear Day” de forma aleatória, só porque achei o nome bonito. Logo de cara eu me apaixonei só pelo Overture. As músicas me levaram a um lugar que nunca tinha me levado antes: para uma época que eu ainda não tinha nascido e me fez sentir nostálgico de viver aquele momento desconhecido. Isso me faz até pensar em vidas passadas que é o tema do musical. Na versão da Broadway temos a maravilhosa Barbara Harris no papel da Daisy Gamble, já na versão cinematográfica que infelizmente não implacou, Barbra Streisand fez o papel da engraçada Daisy.

Músicas favoritas: Overture, Come Back To Me, Wait Till We're Sixty-Five, Hurry! It's Lovely Up Here.


5º: Chess

Meu primeiro CD de musical que comprei foi Chess em 1998. Aprendi a gostar das músicas e tinha épocas que escutava o CD sem parar, do início ao fim. Mesmo o assunto distinto do musical que aborda a política EUA vs. União Soviética durante campeonatos de xadrez, as músicas são belíssimas. Não é à toa, as músicas foram compostas pelos perfeccionistas Björn Ulvaeus e Benny Andersson do ABBA que trabalharam por cinco anos em suas composições e com direito das letras serem escritas pelo Tim Rice.

Músicas favoritas: The Deal, Someone Else’s Story, Nobody’s Side, Endgame


4º: Mary Poppins 

Um dos poucos musicais assim como “On a Clear Day” que me transportam para uma época que eu não vivi. As canções do Mary Poppins me levam diretamente pra Londres Eduardiana, onde consigo me imaginar andando nas ruas mal cuidadas e mal cheirosas de Londres do início do século XX. Até desconsidero o filme famosíssimo, já que a versão de palco é extremamente melhor e mais elaborada que o filme. Um dos maiores motivos para eu amar o musical é a música Anything Can Happen, tão simples e tão bem feita que não há como não se apaixonar, ainda mais pela mensagem que a letra trás.

Músicas favoritas: Anything Can Happen, Step In Time, Being Mrs. Banks, Supercalifragilisticexpialidocious.


3º: Carrie 

Esse já ganhou uma postagem especial aqui no meu blog. O musical vai além de ser uma paixão, é uma obsessão. Não há nem como explicar. Desde criança sempre fui apaixonado pelo filme Carrie e quando eu soube que a história teve um musical fracassado, a primeira coisa foi procurar sobre ele. A música de abertura In foi o suficiente pra essa obsessão começar. A cada coisa que lia e descobria sobre o musical era algo mais para gostar. O material existente é todo não-oficial e tão escasso que faz tudo ser especial. As performances de Linzi Hateley e Betty Buckley juntas estão fenomenais, e pelo menos é algo que sempre foi aclamado pela crítica. Infelizmente durou apenas por 5 performances e não teve tempo para ser indicado ao Tony, que provavelmente teria sido bastante nomeado.

Músicas favoritas: In, The Destruction, Carrie, I Remember How Those Boys Could Dance, And Eve Was Weak.

                                             
2º: Rent 

Comecei realmente a gostar do RENT após ter visto o documentário sobre o Jonathan Larson que o DVD do filme trás. Achei tão extremamente triste a história e a “sorte” do Jonathan que o musical começou a fazer sentido. É incrível o poder da obra deixada por ele, mesmo quase 20 anos depois ainda é atual e ganha fãs da nova geração. Impressionante é também a força do segundo ato, música após música vai te levando para o fundo do poço, mas no final te reergue com alegria e enche de esperança.

Músicas favoritas: Finale B, Another Day, La Vie Boheme A/B, Goodbye Love, I’ll Cover You B


1 º: Show Boat 

Não é difícil falar do meu musical número 1. Ele sempre esteve nessa posição e não consigo imaginar não sendo meu number one. O que esperar de um musical de 1927 que está prestes a completar 85 anos? Ele é tão fabuloso pela sua história dentro da arte dos musicais quanto por suas músicas e o enredo. Show Boat foi um divisor de águas do teatro americano. Na noite do dia 27 de dezembro de 1927, o que o público pode ver foi o primeiro musical na qual as músicas narravam uma história. Foi também a primeira peça a ficar por mais de 1 ano e meio em cartaz na Broadway e ter inúmeros revivals. Além disso, a obra ganhou 3 filmes e 15 minutos de recriação da noite de estreia da Broadway no filme “Quando As Nuvens Passam” (Till The Clouds Roll By – 1947). Conheci o musical de forma aleatória, escutando alguns musicais que eu tinha achado e não fazia muita conta do que se tratava. As músicas me encantaram de uma forma que não conseguia parar de escutar. Tanto que duas músicas que considero uma das minhas preferidas de uma vida inteira são do Show Boat: A singela Bill e a contagiante Can’t Help Lovin’ Dat Man. Jerome Kern e Oscar Hammerstein II escreveram músicas que ainda vão ecoar por muito mais tempo, pois até nos dias de hoje elas soam originais e não há como cansar de ouvi-las. Ainda sonho com o dia de assistir ao vivo, mesmo que seja numa produção pequena e amadora.

Músicas favoritas: Bill, Can’t Help Lovin’ Dat Man, Mis'ry's Comin' Aroun', In Dahomey, Cotton Blossom e Finale Act One.